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No sábado fomos fazer o reconhecimento integral do percurso da maratona montados nas bikes.
A hora da saída estava marcada para as 9 horas em Idanha, no entanto o pessoal que vei de LX atrasou-se 1 pouco na viagem e acabámos por sair perto da 10 horas.
De Castelo Branco estava eu e o Jorge Palma (não canta) de LX veio o Magro e o Nuno, um amigo dele que agora tb é nosso amigo...
Sai-se de idanha em alcatrão durante alguns Kms, muito rolante, 1º pelas ruas principais de entrada na vila e depois por quelhas que dão acesso às propriedades. Mais à frente entra-se num caminho de terra a descer para a barragem, uma delícia de vista, apenas perturbada pela incómoda erva seca que se espeta nas meias e se mete dentro dos sapatos. No final um single track para entrar no paredão da barragem.
Circunda-se a dita pelo lado este passando em frente ao Parque de campismo e começando a subir em direcção a Alcafozes, a caminho desta aldeia rola-se bem pelas planuras douradas da Raia, não fosse o forte vento de frente que nos impede de progredir mais rápido. Antes desta aldeias passamos ainda em mais uma pequena zona estilo single track que nos leva a uma estrada de alcatrão que entra em Alcafozes, aqui será o 1º posto de Abastecimento, percorridos cerca de 16 Kms.
Saidos de alcafozes em direcção a Toulões passamos mais uma vez em zonas de eucalipto e começamos a descer, aqui uma vista memorável se nos apresenta para o lado de espanha, o calor começa a apertar (estiveram 35º) e a poeira que embruma a atmosfera dá ainda mais a sensação de secura e de um ar abafado, no entanto o vento frontal se por um lado obriga a um esforço extra por outro lado refresca e impede o aparacimento do "homem da marreta", que iremos conhecer mais à frente...
A chegada a Toulões brinda-nos com um pequena fonte onde o Magro "toma banho" e onde paramos num café para a primeir refeição do dia.
Aqui irá ser o 2º posto de abastecimento percorridos que estão cerca de 26 Kms.
Sai-se de Toulões rumo a Salvaterra do Extremo por campos de erva e eucaliptais, sem grandes declives, à procura do caminho mais curo, que acabamos por encontrar. Cruzada a estrada nacional (muito cuidado aqui) rumamos a Salvaterra do Extremo, primeiro por estrada e depois por caminho de terra que acaba em calçada e de seguida a entrada na aldeia, com volta turística pelos principais monumentos. Aqui será o 3º posto de abastecimento.
De seguida, depois de uma curta paragem decidimos fazer-nos à mais famosa calçada do trajecto (já minha conhecida) e fazer uma pausa mais prolongada na fonte que existe no final da calçada, junto ao Erges. Abastecer de água, que é fresca e pura, é o principal. De seguida uma visita à garganta rochosa que o rio escavou ao longo dos milénios, sempre com o Castelo de Penafiel ao fundo, no cabeço rochoso.
A partida rumo a Zarza La Mayor faz-se por um trilho, mais uma vez com a erva seca a incomodar acabamos por chegar ao Erges, que se cruza para entrar em Espanha, com água pelo calcanhares. Do lado de espanha prosegue o trilho e a erva seca até entrarmos num estradão largo das obras da futura estrada de Zarza para a praia fluvial que vai ali ser construída. Este estrada a subir, ainda que pouco, com vento frontal, torna-se um pouco difícil e o o homem da marreta começa aparecer. A entrada em Zarza La Mayor, com o calor na sua plenitude faz-se já perto da 14:30 da tarde, estando a Vila praticamente deserta, não fosse a hora da siesta. Paramos no Meson (café) local para nos refrescarmos, já estão percorridos mais de 50 Kms. Aqui será o 4º posto de abastecimento.
Coca-cola, sandes de Jamón Serrano, em pão Muuuuito grande (cada um guarda metade para mais tarde) e lá arrancamos rumo a Segura, contando antes disso com a passagem do Erges. A saida de Zarza faz-se a descer por um estradão muito rolante onde se atingem velocidades consideráveis, com o vento aqui a a judar, soprando pelas nossas costas. O calor, sem vento a refrescar começa a sentir-se ainda mais, chegou a hora da marretada principal para alguns dos presentes e antes de chegar ao Erges ainda se fazem alguns topos mais inclinados a pé.
A descer para o Erges temos bem presente a paisagem Raiana, com os sobreiros e as oliveiras a manchar a secura amarela dos prados. Chega-se ao rio e é hora do mergulho, a que alguns se negam, "para não molhar a esponja dos calções". O Magro, já depois de molhar a esponja responde a isso fazendo um nudismo parcial, digo isto porque o homem estava com os sapatos calçados, hehehehe....
Come-se mais qualquer coisa e rumamos a Segura, já de novo em território nacional...
Esta zona é das mais duras devido aos sucessivos "topos" e aos sobe e desce, mas também das mais bonitas, dado que se circula sempre com o rio ao nosso lado. Mais à frente chegamso a um extenso single track, também sempre à beira rio que nos irá levar quase até Segura, lindíssimo.
Antes de Segura ainda encontramos uma fonte onde se faz mais uma sessão de "refrescamento". Sobe-se para Segura por uma estrada de acesso ao Rio e já dentro da aldeia afzemos uma paragem prolongada no café, onde os habitantes locais ficam surpreendidos com os 4 malucos a andar de bike com o calor que está. Aqui será o 5º Posto de Abastecimento. Coca cola, sumos, gelados, abastecer de água e, depos de 30 minutos parados arrancamos rumo a Zebreira. Antes disso passamos numa zona a descer onde se avista ao longe a ponte romana sobre o Erges, que liga Portugal a Espanha, uma paisagem esplêndida.
Segue-se então rumo à Zebreira, o dia já vai longo, são quase 18 horas, e até ver o "homem da marreta" ficou para trás com o calor. A zona que se segue é bastante rolante, mais uma vez com a paisagem característica da raia a dominar, apetece abrir os braços e gritar, descarregar o stress do dia a dia...
Sobe-se um pouco em direcção à Zebreira, e alguém tem um furo, com corte no pneu incluído. Demoramos mais um pouco a reparar e lá seguimos. A entrada na Zebreira faz-se a subir, aqui será o 6º Posto de abastecimento, junto à piscina Municipal. Depois da Zebreira é rolar em direcção à Senhora do Almurtão, com caminhos, uns lisos, outros pedregosos que acabam com o único representante das HT (hard tail, vulgo bike rígida). Passamos perto de algumas plantações de tabaco e rolamos mais um pouco até passar perto da Senhora do Almurtão, daí até à Senhora da Graça, nas "abas de Idanha", é sempre a descer...
Depois da Senhora da Graça, já com 100 Kms percorridos, apresenta-se-nos a última dificuldade do dia, a calçada que sobe para Idanha-a-Nova, um verdadeiro martírio para quem já vem empenado. O nosso representante das HT fez aquilo tudo a pé. Tem um extensão de cerca de 800 a 1000 metros e entra directamente na Vila de Idanha, onde rolamos mais um pouco a subir em direcção à meta, que atingimos cerca das 20 horas, hehehe.... que dia memorável...
Dados finais do GPS (com alguns correcções a fazer por enganos em caminhos):
Odómetro da Viagem: 105 kms
Tempo de deslocação: 7:05h
Tempo Total: 10:31h
Média de deslocação: 14.9 Km/h
Média Geral: 10.0 Km/h
Velocidade Máxima: 62 Km/h
Acumulado de subidas: 1810 metros
Ponto mais alto: 412 metros
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