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terça-feira, 29 de novembro de 2011

DE NOVO UM PASSEIO PERFEITO

JPP and CN in the road near Monsaraz

27 de Novembro de 2011
Dia de São Virgílio
80 kms.
1300 m. acumulado

Texto e Fotos: PRoque

A proposta, que constava da ligação em BTT entre Évora e a altaneira Monsaraz, tinha tudo para dar certo. Ora, sabendo nós que a Lei de Murphy, malgré tout, é absolutamente excepcional, não é de admirar que no final tudo tenha dado certo bem como, igualmente, o grau de satisfação tenha sido elevadíssimo.

Para além da companhia de dois grandes amigos de longa data (Cláudio Nogueira e João Pedro Pina) no início alinharam quatro outros elementos de Évora se bem que, a dada altura, tenham optado por abreviar o caminho até Monsaraz seguindo por asfalto.


Monsaraz sightseeing

O tempo seco, que contribuiu para a firmeza dos terrenos transformaram a incursão numa espécie de passeio primaveril inclusive em alguns trilhos que, de outro modo, seriam lamaçais temíveis.

De resto o sol é um factor acrescido de bem estar: predispõe bem, ilumina tudo - inclusivamente a alma - melhora os registos fotográficos e enobrece a paisagem. E foi com um destes alegres dias soalheiros que seguimos, cruzando ainda bem cedo o centro histórico de Évora antes de nos internarmos nos campos alternando as zonas planas com os rompe-pernas que tão bem caracterizam o Alentejo.

JPP, me and CN at the Monsaraz Plaza de Toros

Destaque para as zonas de águas represadas a proporcionarem as vistas desafogadas à medida que o cabeço de Monsaraz começava a surgir no horizonte.

A paragem em Montoito foi um must. Junto à cafeteria o habitual "grupo da sueca" de reformados um dos quais se havia deslocado numa clássica Ye-Ye de um verde metalizado lindíssimo e a quem prometi que a sua foto iria "para o Facebook" ("o qu'é isso, home?") além dos coloridos comentários habituais quando as duas tribos se encontram.
Uma reluzente clássica em Montoito

Para o final estava guardado o melhor pedaço: o uma colina sobranceira a uma das aldeias com rampas íngremes ascendentes e descendentes, o Menir do Outeiro e a dura calçada que ascende a Monsaraz.

No final a detente com as magníficas vistas sobre os olivais, vinhas e o intenso azul do Guadiana represado no magno lago do Alqueva, as incontornáveis umas fotos na plaza de toros e um reconfortante snack na esplanada de um bar local.

Magnífico! Esta foi uma incursão inesquecível. Provavelmente mais um passeio perfeito.


CN and JPP arriving at Monsaraz

sexta-feira, 15 de junho de 2007

"GARMIN TRANSPORTUGAL" 5.ª ETAPA - A CHEGADA AO INFERNO

Jorge Manso no derradeiro esforço antes da meta
(photo by Agnelo Quelhas)



Recebi uma chamada às 15:45 do Mário Silva.

Dizia-me ele o seguinte em jeito de enigma: “tenho uma proposta que já sei que vais recusar mas é uma pena que recuses”.

Ao que respondi: “sem me a fazeres não saberás se recuso ou não!”.

A proposta tratava-se de zarpar, dali a um quarto de hora até Monsaraz para assistir à chegada dos participantes na etapa da “Garmin Transportugal”. Fui mesmo de fato azul escuro, só tirei mesmo a gravata (tipo “chefão da prova”) e passada hora e meia lá estávamos.

Após os cumprimentos da praxe ao António Malvar, Louise Hill, Agnelo Quelhas, etc. ainda assistimos à chegada da segunda metade dos participantes. É incrível a postura do Malvar no comando das operações. O sujeito é, de facto, “o Guru de todos os Gurus” do BTT amador nacional.

Ao contrário do ano transacto a chegada não era “lá em baixo” no adro do convento da Orada mas antes “lá em cima” no morro frontal a Monsaraz onde se situa o forte e capela de São Bento. Tratou-se de uma “malvardez” suplementar a acrescer à terrível provação que todos sofreram: a chuva, o vento e a lama deixaram o material em estado miserável e muitos participantes com o moral em baixo.

Vimos chegar o Jorge Manso e o Cláudio Nogueira ainda em razoável estado de conservação mas com este último a confessar que nunca tinha passado por algo tão duro! E após a chegada do nosso amigo Pedro Soares rumámos ao QG.

Em alguns dos seguintes o semblante não enganava: tinha sido atingido o limite da força física e anímica. As máquinas, invariavelmente, estavam com problemas de transmissão e de travões a complicar ainda mais.

Jantámos com os demais e revemos velhos amigos e conhecidos: o Luís Gomes (que havia estoirado o seu segundo pneu), o Nuno Gomes, o Ricardo Melo, etc.

Quem estava com um ar de absoluta tranquilidade eram os ditos belgas. Constava por lá, à boca pequena, que os indivíduos mal comiam e bebiam durante a etapa. O que é certo é que há ali um nível de preparação física a que não estamos habituados e os resultados reflectem-no.

Às 01:00 cheguei a casa. Valeu a pena o desafio.

Obrigado Mário!