segunda-feira, 16 de abril de 2007

LOUSÃ ACIMA CONQUISTANDO O TREVIM


Tinha pedalado apenas por duas vezes na Serra da Lousã.

Na sexta feira santa tive oportunidade de efectuar um intenso trekking pelas aldeias de xisto serranas (Talasnal, Vaqueirinhos, Chiqueiro e Casal Novo).

Ficou o “bichinho” e, este domingo que passou, resolvi subir ao Trevim (ponto mais alto da Serra da Lousã – 1210 metros de altitude).

Com o meu conhecimento do local (da semana anterior), a carta militar e uns tracks que tinha desenhei um traçado “até lá cima”. Como iria a solo entendi que só passaria por estradões e estradas uma vez que não queria correr riscos inúteis.

Assim foi. Saí da Lousã (180 m.) em direcção a Cacilhas e iniciei a ascensão. Duas centenas de metros volvidos ultrapasso um grupo de cerca de 15 betetistas que iam na mesma direcção, fico a saber que eram de Paços de Ferreira. Quando olho melhor vejo que o guia era o meu velho amigo Vilanova que é uma espécie de “guru” da Lousã (o homem das famosas “Avalanche”). Disse-lhes logo para se porem a pau nas descidas. É que, apesar de ter sido em 2000, ainda me lembro da “razia” que foi a descida da Serra da Lousã “por caminhos de javalis”. Nunca tinha feito tanto tempo a pé um percurso! (veja-se http://www.geocities.com/velocipedia/lousa.htm ).

Sigo o meu caminho solitário passando pelo miradouro da Tarrasteira e, após a passagem pela casa dos serviços florestais (680 m.) interrompendo a subida para virar à esquerda na direcção de algumas das “aldeias de xisto”. Primeiro o Casal Novo (650 m.), em seguida o Talasnal (500 m.) prosseguindo em direcção a Vaqueirinhos (650 m.) e daí por um estupendo “single track” desenhado no xisto até ao Catarredor (650 m.). Refira-se que as duas primeiras aldeias estão o brinco em virtude da sua recuperação recente. Em contrapartida, as duas últimas, servem de abrigo a comunidades “hippie”. Após o Catarredor entro na EN 236 e começo a subir dos 800 aos cerca de 1210 do Trevim.

De assinalar que, por mim, passavam inúmeras viaturas carregadas de bicicletas de DH, costa acima. Mais tarde reparei que se tratavam dos participantes no “Extreme Riders 2007” (https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgqt1r8MCbkv9RuYiMGOdtWVFq-iqu6vfIvx19zLrzMK_oJRSD_2IPLx11skZm-7QCxEyAK1X6c9iXWpN4B6aqex-ENJccaNcY8uT67cr0US7KeQv6drBESGixGhyz-blNb99m/s1600-h/Cartazextreme470.jpg ). Engraçado foi quando uma dessas inúmeras carrinhas me propôs uma boleia. Agradeci mas recusei alegando que uma carrinha como aquela ainda era pesada pelo que me custaria muito rebocá-la! Foi a risada geral dentro e fora da viatura...

Chegando lá acima é o espectáculo habitual que nos faz gostar, cada vez mais, de BTT. Do ato do Trevim temos uma vista magnífica para Norte e Poente e, para SE fica o pico de Santo António da Neve também já alcançado há uns anos por nós.

O ER começava, precisamente do Alto do Trevim e era vê-los por aí abaixo a velocidades estonteantes. De resto a descida que tinha programado coincidia, em muitos locais com o ER pelo que era ver-me encostado à berma como o “pisca da direita” a ser ultrapassado por aquela malta toda a uma velocidade estonteante. Restou-me a consolação que não cheguei lá acima enfiado numa caixa de uma pick-up!

Vim por ali abaixo, tranquilamente, não fosse haver algum azar embora tenha sido um instante enquanto perdi os 1000 metros de diferença até ao parque de estacionamento da Câmara Municipal da Lousã.

No final 47 kms. e 1600 metros de acumulado a darem por bem empregue o esforço havido.

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