quarta-feira, 11 de junho de 2008

CASCAIS - MONSANTO - DE NOVO A TRAVESSIA


Ontem foi o dia de ensaio geral para a travessia de sexta e sábado entre Lisboa e Coimbra.

Nada melhor que a já clássica ligação entre Cascais e Monsanto num dia de sol radioso e com um ritmo suave dentro da zona aeróbica (na medida do possível).

Foi tempo de pedalar pelas ruas de Cascais tomar a ciclovia até ao Guincho e daí subir a serra de Sintra naquela que é, sem dúvida, a parte mais difícil do percurso em virtude da ascensão. Senti-me muito bem a subir, ao bom estilo dos velhos tempos, agarrando o guiador com firmeza e rodando os pedais, mesmo nas zonas mais inclinadas, sinal de que o condicionamento está a resultar. Foi um ápice enquanto passei do nível do mar no Guincho aos quase 450 metros do cruzamento dos Capuchos tendo chegado muito bem aí, apesar do calor que já se fazia sentir.

Segui então em direcção à vila de Sintra onde me encontrei com o Jorge Cláudio que comigo partilhou o resto de percurso até Lisboa. Continuei a descida até à Várzea, pelo meio da vila. Daí segue-se, pelo meio dos campos até ao Lourel, atravessando-se o IC16 para a Quinta da Cavaleira até à Carregueira. Esta é a zona mais incaracterística da travessia contrastando com a beleza da Serra da Carregueira que se lhe segue embora com um par de subidas complicadas até ao "country club". Após este é tempo de descer atá à travessia do famoso túnel (não mais que uma manilha que atravessa um aterro durante uma centena de metros), nova subida pelo meio do pinhal e a famosa Mata de Belas onde nasce o Aqueduto das Águas Livres. Para se sair de Belas em direcção a Agualva tem de se subir de novo, desta vez até ao cemitério de Belas, mas ao contrário de outras ocasiões cheguei, desta vez, mais "vivo que morto", a minha prestação estava a surpreender-me.

Tempo de descer para Agualva junto ao campo de futebol e ao jardim da famosa anta e de cruzar os campos até Massamá que se cruza velozmente em função da descida cruzando inferiormente a Linha de Sintra e o IC19. Queluz de Baixo e Tercena ficaram já para trás e é tempo de chegar a Queijas e de descer a Linda-a-Pastora e daí, por debaixo da A5 até ao Estádio Nacional. É incrível como se conseguem descobrir caminhos e passagens com pouca densidade de tráfego entre todas estas povoações.

Após o Estádio seguiu-se sempre junto ao rio até à estação de Algés e daí pela mata de Monsanto as últimas e terríveis subidas do dia: Alto do Duque até ao Hospital, descida e subida pela mata para Caselas. Admito que estas subidas finais, apesar de feitas sem dificuldades de maior acusaram já algum esforço motivado mais pelo acumulado e a que não foi alheio o esgotar da reserva de água.

No final 100 kms. e 100 metros (!) com um acumulado de 1900 metros mas, acima de tudo, um excelente teste...

Pedro Roque

2 comentários:

JC disse...

Pois para mim foi e regressar às distância médias (70 Kms)! Só consegui chegar a Lx porque me resguardei o "suficiente", embora, tenha havido alturas em quem me apeteceu abanador o material no meio do campo ;-) . Havia já muito tempo que não utiliza tão amiude a mágica relação 11/32. Apesar de tudo, após longa paragem, fiquei de surpreendido com a minha capacidade de "sofrimento" ;-) !
Foi interessante a capacidade de recuperação, de trinta minutos, durante a viagem de comboio, já que, o percurso feito até foi feito a bom ritmo.

Espero que este tenha sido um bom ensaio para romper com a inércia

Jorge

Miguel Carvalho disse...

Amigos do pedal,
não encontrei mail, por isso deixo-vos o pedido aqui, acerca da vossa lista de links. É que o blog Menos Um Carro deixou de ser "meu" para passar a ser "nosso".O António Cruz e o Tiago Carvalho também lá escrevem.
Obrigado!
Continuação de bom blog