Nem a propósito a notícia do Público de hoje: o representante da Velha Albion entre nós é um ciclista, o que é sempre bom de saber.
Cá para mim ele é, se entretanto o Foreign Office, não o mudar de posto, um forte candidato ao Prémio Nacional de Mobilidade em 2009.
Digo eu, claro está...
No entretanto ficam as minhas felicitações ao sr. embaixador e ao seu modo de mobilidade.
Bem Haja, senhor embaixador!
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22.09.2008, Inês Sequeira
Alexander Ellis, embaixador do Reino Unido em Portugal, gosta de andar sempre vestido de acordo com as ocasiões. E quando o objectivo é um percurso de bicicleta entre casa e o local de trabalho, algo que faz algumas vezes por semana, isso inclui um capacete para prevenir possíveis quedas, calções pretos e ténis, uma t-shirt e uma pequena mochila às costas. A gravata, tal como o fato, serão vestidos depois de um duche rápido já na embaixada, ou então trocados no final da tarde.
Mas tendo em conta que se trata de um representante de Sua Majestade, o traje para andar de "bicla" abarca também um segurança pessoal equipado a rigor para o exercício, com a bicicleta e óculos escuros a protegerem a identidade de olhares mais indiscretos - para quem felizmente essas viagens "não são sacrifício nenhum", até porque pratica BTT.
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Nunca em dias certos nem com percursos exactos por razões de segurança, Alexander Ellis faz questão de pegar nas duas rodas e utilizá-las como meio de transporte, em vez de se enfiar dentro de uma viatura mais rápida, discreta e que, aparentemente, seria bem mais confortável. E ainda para mais não se trata de um caminho plano, nem são poucos os quilómetros: a residência do embaixador situa-se ali para os lados da beira-rio, próxima da zona de Alcântara e do edifício da antiga FIL (que é agora o Centro de Congressos de Lisboa); a embaixada fica ainda distante e bem mais acima, próxima do Jardim da Estrela e do Largo do Rato - aquilo que o embaixador traduz numa ginástica de "20 minutos a meia-hora", mas isso deve ser para quem pedala bem e nunca pára nas subidas.
Numa cidade de "muitas colinas", confessa que se sente "quase sozinho" nestes exercícios matinais e de fim de tarde e que se tem esforçado para "manter o hábito" que trouxe já de Londres e de Bruxelas, cidades onde trabalhou durante os últimos anos, antes de regressar a Lisboa para assumir o cargo de embaixador em 2007.
Admite que em Londres existe mais facilidade em dar uso aos pedais, mas apenas porque "é plano", enquanto a capital portuguesa é "mais cansativa". Mas foge a comentar se sente falta de outras medidas de apoio aos ciclistas por parte da autarquia; lança apenas um sorriso, como quem diz que é necessária ainda paciência, pois estes hábitos na cidade "estão ainda a começar".
Quanto a acidentes ou "encostos", "nada" a registar até hoje, o que contraria as más-línguas que acusam os automobilistas portugueses de se darem mal com quem prefere as duas rodas. É claro que o clima entre os dois lados nem sempre é totalmente pacífico, assume: "De vez em quando recebo o apoio (verbal e de forma irónica, entenda-se) dos condutores das motas e dos taxistas; mas deve ser porque não estão habituados."
O embaixador recebe por vezes o "apoio" verbal dos condutores das motas e dos taxistas, mas nunca foi vítima de "encostos"
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