segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pista Ciclável entre o Cais do Sodré e Belém – Protocolo CML/APL



2008-09-22 , site CML

Rede de Bicicletas de Uso Partilhado – apresentação do projecto

A partir do dia 5 de Junho de 2009, toda a zona ribeirinha entre a Torre de Belém e o Cais do Sodré estará ligada por uma pista ciclável. O protocolo que define os termos da sua execução foi hoje, 22 de Setembro, Dia Europeu Sem Carros, assinado pelos presidentes da CML, António Costa, e da APL, Manuel Frasquilho. A partir desse mesmo dia, lisboetas e turistas terão acesso a uma Rede de Bicicletas de Uso Partilhado.

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Trata-se de mais duas iniciativas de carácter duradouro integradas na Semana Europeia da Mobilidade (16 a 22 de Setembro), que a Câmara Municipal de Lisboa assinala, este ano, sob o lema “Vamos Dar Um Novo Ar a Lisboa” e com os objectivos de melhorar a qualidade do ar, dar prioridade ao peão e aos utilizadores de meios de transporte alternativos ao automóvel privado e incentivar uma vida urbana mais saudável.

Para além dos 19 quilómetros de pista ciclável entre Belém e o Cais do Sodré, o protocolo assinado com a Administração do Porto de Lisboa (APL) também prevê a realização do estudo para definição de outro traçado da pista, a construir posteriormente, entre Santa Apolónia e o Parque das Nações. O troço da ciclovia que ligará o Cais do Sodré a Santa Apolónia ficará a cargo da Sociedade Frente Tejo.

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Para o presidente da CML, esta é “uma medida fundamental para a prossecução de uma estratégia efectiva para a mobilidade na cidade”. António Costa classificou mesmo a ciclovia hoje apresentada como uma “jóia preciosa”, pela sua localização ao longo do rio. Na sua intervenção, o autarca também enalteceu o facto de este protocolo provar que “a cidade e o seu porto não estão de costas voltadas como alguns querem fazer crer”. “O Porto de Lisboa é algo fundamental para a cidade e Lisboa não seria o que é se não tivesse o porto”, disse e sublinhou a importância da actividade portuária para a economia da cidade, defendendo que “o porto é parte integrante da cidade e é assim que temos de encarar as relações entre o Município e a Administração do Porto de Lisboa”.

O presidente da APL, Manuel Frasquilho, reconheceu que “o relacionamento do Porto de Lisboa com a cidade e o cidadão nem sempre tem sido fácil devido à grande actividade portuária, que exige muitas regras de funcionamento e segurança” mas elogiou o trabalho feito em parceria com a CML e defendeu que a construção desta ciclovia “é de inegável interesse público”.

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A apresentação do projecto coube ao vereador do Ambiente e Espaços Verdes, que realçou o facto de se tratar de “uma matéria estudada com base no plano geral da cidade, na estrutura ecológica e Plano Verde”. José Sá Fernandes disse que “até ao final de 2009 todos os concursos ligados aos projectos do corredor verde e percursos pedonais e cicláveis estarão lançados”, explicou o plano geral de estacionamento para veículos de duas rodas e anunciou o início dos cursos de condução de bicicleta em estrada já para o próximo mês de Outubro.

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Ao vice-presidente da autarquia e vereador da Mobilidade, Marcos Perestrello, coube a apresentação da Rede de Bicicletas de Uso Partilhado, uma proposta que será discutida na sessão de Câmara do próximo dia 24 de Setembro. Considerando a bicicleta um meio de transporte individual alternativo para distâncias até 6 quilómetros, a CML propõe-se criar uma
Rede de Bicicletas de Uso Partilhado na cidade, que será uma rede municipal mas passível de ser explorada por um operador privado. Será lançado um concurso público internacional com adjudicação prevista para Fevereiro de 2009, conclusão da obra em Maio e entrada em funcionamento a 5 de Junho, Dia do Ambiente.

Na apresentação pública do projecto, Marcos Perestrello apresentou os termos do concurso, os modelos já generalizados em cidades da Europa e América do Norte que serviram de exemplo, a rede de estações previstas para Lisboa (150 postos para mil bicicletas) integrada no sistema de transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa, e justificou a opção por um sistema misto de utilização, que prevê a existência de um cartão para utilizadores de uso regular e o acesso à rede através de cartão de crédito para turistas e utilizadores esporádicos.

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