domingo, 18 de janeiro de 2009
ARRUDA - MONTEJUNTO - ARRUDA
Quebrei a minha tendência de não alinhar em eventos organizados. Sem embargo, este "Arruda - Montejunto - Arruda 2009" não era, em bom rigor, um evento organizado. Tratou-se, à boa maneira do Tróia - Sagres de um convite genérico para, no dia da Graça de 18 de Janeiro, se ligar Arruda a Montejunto e regressar.
Não sendo, formalmente, um passeio organizado, o folclore instalado junto à Praça de Touros de Arruda dos Vinhos, pela 08:00 do referido dia, tudo o fazia lembrar. Partindo em grupo relativamente numeroso e havendo unicamente um track GPS para nos guiar a preocupação era a de rolar tranquilamente (em conjunto com o Mário Silva, o Azurara e o Nuno Freire) seguindo o trilho assinalado na caixinha electrónica, nada de especial à excepção da distância e da altimetria.
O tempo estava ligeiramente estável embora muito cinzento e húmido com um chuvisco ocasional que, todavia, não foi de molde a fazer vestir o impermeável. As distância e altimetria prometiam não dar muitas tréguas e se, em bom rigor, até estava minimamente preparado física e psicologicamente para elas o grande problema acabou por ser o estado do terreno para o qual nem eu, nem ninguém, esteve realmente preparado.
O barro fez logo a sua grande aparição numa vereda fantástica que nos conduziu à parte alta de Alenquer roubando o gozo de uma descida perfeita. Ainda tentei, com algum sucesso, fazê-la montado mas o rumo errático da roda dianteira levou a que sentisse um ramo a segurar-me o bícepe esquerdo e a quase estatelar-me no solo o que, aliado, a um baptismo de vôo em BTT de um outro participante (com alguns metros de extensão) levou a que decidisse seguir apeado.
Após Alenquer o "rompe-piernas" da Charneca da Ota (só ali passando se compreende como seria absurdo projectar ali um aeroporto internacional) até á passagem de uma cerca onde fomos confrontados com a pergunta do dia: "sabes quanto é que custa uma coisa destas?" (private joke).
Após o Espinheiro internámos-nos no reino de Montejunto que foi percorrido primeiro a subir (penosamente diga-se) e depois a descer (ainda mais penosamente em virtude da lama). Arrependo-me de não ter atalhado por asfalto já que aqueles caminhos estavam impraticáveis sobretudo aquela descida desde o alto em que o perigo potencial era elevado. Chegados ao sopé a quantidade de lama impedia as rodas de rodarem livremente pelo que o primeiro dos trabalhos, antes de prosseguir, foi o de nos libertarmos dela, na medida do possível. A partir daí chegaram os estradões que permitiram rolar sem outra dificuldade que não fosse o de se vencerem vales profundos com subidas diabólicas.
A descida final para Arruda dos Vinhos proporcionou nova revestimento de lama e, a bem dizer, também ela deveria de ter sido evitada. Valeu a lavagem à pressão para que, no final, a bicicleta fosse a única coisa imaculada.
Distância - 82 kms.
Acumulado - 2.220 m.
Track em GPSies
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