domingo, 4 de setembro de 2011

Raid das Marés na rota do Rio Leça

Realizou-se no passado dia 3 de Setembro em Matosinhos num ambiente descontraído e de muito convívio entre todos os participantes e organizadores (afinal eles também amigos e praticantes deste desporto) o Raid das Marés na rota do Rio Leça.

E assim neste ambiente foi dada a partida na Decathlon que era o ponto de encontro e partida, para mim um bocado despercebida, pois há muito tempo que já não participava nestes passeios e qualquer amigo que encontre como foi o caso é logo tempo ocupado com conversa animada e a ser colocada em dia.

Como ia descrevendo partimos todos, muitos com os olhos atentos aos GPS,sss, muitos também sem o aparelhinho, mas todos com alegria a progredir ao seu ritmo. Se a princípio vários grupos se juntavam e desencontravam-se a inaugurar os primeiros enganos na orientação, a verdade é que ninguém se chateava com a situação, aproveitando alguns até para brincar com os donos dos gpsss.

As localidades iam-se fazendo, para mim e para o meu companheiro e amigo João (Correntes) como o mesmo comentou eram as zonas dos nossos "quintais" das voltinhas de treinos ou simples passeios, como S.Brás em Matosinhos, Gemunde, S. Pedro de Aviso na Maia, Alvarelhos e Muro na Trofa. Nesta última localidade o largo de uma bonita capela foi escolhido pelos participantes para a primeira paragem técnica, (comer diga-se). Para mim uma oportunidade mais uma vez para tirar fotos e “roubar” também uma foto à fotógrafa de “serviço”.

Se tudo parecia perfeito o que estava a estragar era o tempo que nos prega com chuva e com os caminhos encharcados de lama, já por si chatos na minha opinião que prefiro o calor e suporto melhor o pó, contudo a provocar alguns acidentes engraçados e felizmente sem consequências graves lá para perto de Quereledo. Foi o que aconteceu ao jovem da foto abaixo que a tentar evitar a lama acabou por desaparecer completamente ao rebolar pela ribanceira abaixo ficando com as pernas mais altas do que a cabeça e a bicicleta a fazer companhia aos pés, todo o conjunto devidamente acomodado e seguro pelas silvas… A sorte mesmo e aqui se faz prova da norma de segurança no BTT, nunca sair sozinho, foi a minha ajuda e de outros amigos que prontamente tiramos o coitado do amigo daquela situação ainda com ar de espantado a tentar perceber como ficou naquela posição…:)

A separação dos percursos chegou e foi a vez de se fazer algumas despedidas de amigos que iam para os 90km. Eu e o amigo Correntes já tínhamos decidido fazer os 55km, afinal como concluímos foi o “quanto baste”, para fazer um bom passeio sem nos cansarmos muito e termos sempre tempo e sem stress para poder conviver com outros grupos… Bem e também para comer figos, tirar umas uvas americanas e quiçá experimentar já um vinho doce, ali para os lados de Vilar da Luz.

Finalmente o tempo começou a melhorar e chegamos ao Rio Leça, atravessando-o num local por onde nunca tinha passado, logo a seguir encontramos o incontornável parque de lazer S. Lázaro em Alfena, um sempre muito agradável local de paragem e de certeza já muito conhecido de todos os Betetistas da nossa região.

A partir daqui o percurso começou a fazer justiça ao nome de; “… na rota do Rio Leça.”, pois cruzamos um numero infindável de vezes este rio, não só através de pontes recentes, mas também em muitas mais pontes de pedra rústicas com enormes granitos, por vezes aliadas com antigos açudes e azenhas, umas mais pequenas e modestas mas outras com aspecto de autenticas e antigas industrias de moagem, principalmente já perto da Maia. Faz pensar como seria o tempo e toda a zona envolvente na época em que estas construções estavam a trabalhar, em termos de importância agrícola e que na minha opinião mediante estes registos antigos seria de uma enorme grandeza e importância difícil de acreditar hoje em dia que nos deparamos com estas nossas terras fortemente urbanizadas e… Infelizmente de costas voltadas para todo este património votado ao desprezo do abandono e que poderia ser aproveitado como uma forma de riqueza única, que neste tempo de globalização de culturas, marcam a diferença e a riqueza pela sua originalidade a cultura de um povo como o nosso…
Continuando, ficamos os dois admirados como agora andávamos tanto tempo sozinhos, mas não estávamos perdidos, pois por vezes encontrávamos pessoas que nos davam indicações por onde devíamos seguir, já habituadas a ver passar os primeiros participantes. Mas já bem perto do final em S.Cruz do Bispo na linha férrea encontramos mais um grupo amigo parado e que acabamos por chegar todos ao fim, no Pavilhão Municipal em Leça da Palmeira. Aqui na chegada como na partida a descontracção e o convívio foi igual.

Parabéns aos amigos do BTT N GPS, como a todos os grupos de BTT envolvidos neste projecto. Dou a minha opinião bastante positiva a este movimento que consegue juntar as mais valias de todos para assim fazer e organizar estes eventos de lazer a que chamam etapas, e que apesar de lazer oferecem provas de grande desafio físico para todos os gostos de todos os ciclistas do todo o terreno.

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