segunda-feira, 22 de maio de 2000

Incursão conjunta HV BTT SFO a Montejunto

Ave velox lvsis,Creio não estar a exagerar se afirmar que há algum tempo que não tínhamosuma incursão BTT tão boa.De facto se a expectativa era grande a passeata em questão não desiludiuminimamente (eaté superou). Os nossos companheiros do BTT SFOlahlvo (José Gomes e Tó Rego)não deixaram os seus créditos por mãos alheias e proporcionaram-nos umaincursão inesquecível pela vertente sul da serra de Montejunto, por entrepaisagens lindas de morrer com um grau de dificuldade elevado, como éconveniente, até porque seria difícil seleccionar troços menos desnivelados(nem nós lhes "perdoaríamos" que assim não fosse)."Por entre moinhos e vinhedos (c) ", assim desta forma "original" ;-) poderádefinir-se o tipo de ocupação humana de "baixa densidade" da zona sudoesteda serra onde os inúmeros cabeços albergam um igual número de moinhos que,muito embora já nada moendo, se encontram, na sua maioria, bem restaurados,transformando-se em bonitas moradias de montanha com panoramasverdadeiramente excepcionais. São, indubitavelmente, um exemplo a serseguido noutras regiões do país que possuem este tipo de vestígio industrialmas que, ou estão ao abandono, ou foram "vítimas" de um restauro de péssimogosto que lhes alterou a sua singeleza. Quanto aos vinhedos refira-se queeles estão por toda a parte, ou não estivéssemos numa das regiões de maiorprodução vitivinícola de Portugal.Betetísticamente falando deu para percorrer de tudo nesta vertente sul daserra (só não fomos até ao topo e às antenas mas isso implicaria ter derolar bastante no asfalto e nós somos um pouco "alérgicos" a isso).Podemos distinguir duas partes distintas, separadas a meio por um ventosopiquenique:A primeira, numa zona de cota inferior (embora fosse aí que tivéssemos devencer os maiores deriveis como aquele que se seguiu à Portela do Sol atéaos Casais da Foroana) e onde seguimos a linha dos moinhos dos casais daserra e do alto da lagoinha.A segunda, a uma cota mais elevada, no maciço calcário propriamente dito emque tivemos o privilégio de avistar uma águia pelas costas (!) planando oque é sempre uma sensação tremenda e evoluindo por um trilho a meia encostaque contorna o maciço até à zona que fica por cima da várzea da Abrigada como abismo (e que abismo !) sempre pela direita e com uma descida que não épara todos e onde o controlo efectivo dos excessos de "André na Lina" éfundamental já que existem algumas passagens em piso muito pedregoso etraiçoeiro e onde os problemas de equilíbrio associados a uma velocidadeexcessiva podem ter consequência desastrosas (ficámos-nos pelo "snack-bar"no pneu dianteiro de HS).A parte final, já pela várzea serviu para "borrar" de lama as bicicletas.Afinal de contas após mais de vinte duros quilómetros estavam ainda muitolimpinhas, como iríamos, assim, convencer alguém que tínhamos pedalado emMontejunto com o velocípede ainda a reluzir da lavagem da véspera? Não há,pois, nada que chegue à estética do barro agarrado ao quadro, a uma correntebem areada, ou a uma jersey bem salpicada, muito embora "doesse na alma" vero novíssimo equipamento do HS, estilo "Florindo Chicote" e os azulíssimos"sapatos de baile" conspurcados de lama, mas a vida tem destas coisas :-) .Amigos de Olhalvo, temos, obviamente, de vos retribuir este vosso simpáticogesto, o mais breve possível, por isso sugiram uma data para Arrábida ouSintra. Qualquer dia voltaremos para atacar Montejunto de novo (fomosmordidos pelo bicho da serra) desta vez pela vertente Norte (para ver essafamosa "fábrica de gelo").Saudações Virtuais, Virtual Best RegardsAntónio Pedro Roque Oliveira

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