sexta-feira, 5 de outubro de 2001

LISBON WET-A-RAMA

60 kms. debaixo de chuva diluviana pela Capital do Império, saudados comoheróis por alguns (poucos) transeuntes e encarados como loucos por outros. OMarcelo Chagas deve ter achado mais interessante o passeio de hoje do quetodo o "Caminho de Santiago" (estou exagerando, naturalmente), quem disseque os portugueses são indivíduos convencionais e que só servem para seremalvo de piadas ;-).Foi assim que decorreu o CityRama que, por força das circunstâncias, seconverteu em "Wet-a-Rama".O que custa mesmo mais são os primeiros 5 minutos enquanto a osmose orgânicanão começa a funcionar. A partir daí é "perdido por cem, perdido por mil". O"Secco" e as "Seal Skin" dão o toque final já que permitem manter (algumas)zonas do corpo livres de humidade. A próxima aquisição vão ser umas luvas emneoprene para mergulho para manter as mãos quentes e secas nestascircunstâncias.09:00 na Torre de Belém, após recepção de mais um "lamento/escusa" do PedroBasso, lá fomos eu, o Marcelo Chagas, o Karl von Azev (já recuperado e emforma da sua clavícula quebrada) e o Rui Sousa. Primeira paragem no Padrãodos Descobrimentos e, tarefa impossível, descobrir a estátua de PedroÁlvares Cabral no meio da "maralha" à chuva.Sempre a chover cruzámos a passagem inferior para a Praça do Império,passada rápida no Centro Cultural de Belém, Igreja e Mosteiro dos Jerónimos,e um "pastel de Belém" seria o mesmo que ir a Roma e não avistar o Papa (nãovão lá no Verão que ele está em Castelo Gandolfo :-), quente com canela, atéos japoneses que entraram em catadupa na loja, gostam.Subimos junto ao "Jardim do Ultramar" até à Igreja da Memória, JardimBotânico e Palácio da Ajuda, começam as primeiras dificuldades relacionadascom os carris do eléctrico e, sobretudo, a calçada polida e escorregadia.Após o Caramão, entramos no sempre estupendo Parque Florestal de Monsantocom o barro vermelho a fazer estragos: Montes Claros, Cruz das Oliveiras,Luneta dos Quartéis e aviso todos para terem cuidado com as descidastécnicas mal sabendo que seria eu a primeira vítima de uma escorregadela daroda da frente: até desmontado se escorregava. A bicicleta ficou vermelhamas, passados 5 minutos de asfalto molhado já estava, de novo, brilhando.Transpomos a linha na zona do Palácio Fronteira precisamente na zona onde sesitua a meta dos "Campeonatos Mundiais de Estrada" em ciclismo e que terãolugar de 3.ª a domingo próximos. Estrada de Benfica, Alto dos Moinhos parauma visão das obras do novo ninho das águias. Carnide, Telheiras e ciclovia.Paragem para repor energias debaixo do viaduto da Avenida Padre Cruz, denovo ciclovia até Entre Campos, Avenida 5 de Outubro e de novo abandonadosinfamemente pelo Rui Sousa, desta vez junto ao cruzamento com a Avenida deBerna :-))Chegámos ao Parque Eduardo VII. Alguns turistas japoneses a efectuarem o seudesporto nacional: gastar película fotográfica (mesmo que chova a cântaros:-). Descemos até à Praça Marquês de Pombal, lateral da Avenida daLiberdade, Praça dos Restauradores, Rossio. Aí chegados vejo um carro pretode vidro aberto, que se passa? Quem, além de um ciclista desmiolado gosta deapanhar chuva? Era o Orlando Vogado com a família a saudar-nos (tinha mesmode ser outro ciclista desmiolado :-)).Poço do Borratém, Martim Moniz e depois o martírio: a Calçada dos Cavaleirospelo meio da linha do eléctrico, Mouraria acima, a escorregar por todos oslados, direita e Costa do Castelo sempre naquela calçada maldita e que,quando começa a descer na zona do Chapitô o melhor mesmo é ter os pésprontos a aterrar ao menor sinal de derrapagem e fora dos respectivosencaixes.Subimos, finalmente, ao Castelo o panorama, com chuva não parece o mesmo aquem o vê sempre ensolarado: paciência é o que se pode arranjar. Depois éque foi "radicalíssimo": o Red Bull Lisbon DownTown, em versão improvisada ediluviana, com derrapantes pneus 26x1.9. : bairro do Castelo, S. Tomé e afamosíssima Rua da Regueira, Alfama abaixo, com 20% de inclinaçãodescendente e calçada polida, a passo de caracol mas, ainda assim, imprópriopara cardíacos.Largo Terreiro do Trigo, Alfândega e Terreiro do Paço (sempre, mas sempre, achover), Praça do Município, Rua Nova do Almada, subida forte até ao Chiadocom um café tomado bem ao lado da estátua em bronze de Fernando Pessoa.Largo do Camões, algumas fotos furtivas só para documentar minimamente aocasião(http://photos.yahoo.com/bc/roqueoliveira/lst?.view=t&.dir=/LISBON+WET-A-RAMA) e bairro Alto, Rua do Norte, café Luso, Rua da Rosa, Rua do Século, daAcademia de Ciências com o seu inconfundível e típico arco, Palácio de S.Bento, Madragoa, Janelas Verdes, com um mais um panorama molhado do Porto deLisboa, Pampulha, Alcântara Terra com uma passagem velocipedica por umapassadeira rolante para peões (coisa divertida experimentem quando puderem)e Estação Ferroviária de Alcântara onde nos despedimos do Marcelo Chagas comvotos de um bom regresso a casa e com a promessa de que nos reencontraremosbrevemente, cá ou lá.¤º°`°º¤ø,¸¸,ø¤º°`°º¤ø¤º°`°º¤ø,¸¸,ø¤º°`°º¤ø¤º°Saudações Virtuais, Virtual Best RegardsAntónio Pedro Roque Oliveira

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