segunda-feira, 3 de junho de 2002

17@, mais uma maratona pelo Alentejo

Teve ontem lugar a 17@ etap@ que ligou Pias (Serpa) a Amieira (Portel) numadistância de quase 60 kms. .Para mim e para um punhado de "action-man" :-) (RS, Jorge Cláudio e PedroBasso) ela ultrapassou os 100 kms. em virtude da ligação por asfalto de 46kms. (dizer asfalto é ser generoso uma vez que em muitos locais apenasvestígios de asfalto haviam) prévia entre a chegada e a partida da etap@.Esta ligação não foi fácil não só em função do estado do piso como tambémpela orografia. Para terem uma ideia se eu vos referir a palavra "Alqueva"ficarão certamente elucidados...Assim as duas horas acabaram por ser uma marca razoável. Tivemos a sorte deo tempo estar sempre nublado e de o sol só despontar durante a etap@propriamente dita.Em Pias tomámos contacto com os demais: João Pina (o titular e guia),Rodrigo Pacheco, Pedro Rodrigues e Mário "ressuscitado" Carriço (regressadoda Nova Zelândia :-)...Nos primeiros quilómetros e mercê de uma piso muito irregular e duro tive debaixar a pressão dos pneus pois as vibrações eram enormes embora o tenhafeito por excesso e passeio o resto do tempo (até Moura) a tentar não furarpor esmagamento da câmara de ar (fiz a etapa na "muleto" e com pneus"normais").Chegado aquela localidade, numa estação de serviço compus a pressão nosvalores que considero adequados ao bom compromisso entre tracção/direcção,conforto e resistência ao esmagamento da câmara de ar e que, no caso dosHutchinson Chameleon 1.9 se situa, para os quase 70 kgs. de atracçãogravitacional do autor destas linhas, nos 32/33 psi atrás e 27/28 psidianteiros.Paragem no café existente no bonito jardim de Moura para reabastecimentosólido e líquido com um excelente ambiente apenas perturbado pelosestridentes decibéis da cantora Daniela Mercury que não nos deixavam escutaros pássaros e os sinos das Igrejas a repicarem.Continuámos por um Alentejo muito pouco plano não sem antes atravessarmosuma extenuante sucessão de cabeços e vales onde o calor sufocava e chegarmosà parte de baixo do impressionante paredão de Alqueva (a coisa está longe deestar acabada!). Destaque-se também a quantidade de portões que tivemos desaltar.A ascensão foi muito dura mas estava a sentir-me bem e com o RS (osconstituintes do "dynamic duo" :-) fomos por aí acima até à zona onde estãoas roulotes das farturas (incrível a quantidade de pessoas que se desloca emromaria para ver a albufeira!) e que constitui a cota mais elevada na zona edonde se desfruta de um panorama interessante sobre o já visível lagoartificial.De seguida um episódio bucólico e insólito: um rebanho de cabras guardadasapenas por um cão e cujos "machos dominantes" se digladiavam em lutas pelasupremacia. Incrível parecia um documentário televisivo sobretudo pelaimpetuosidade de um dos bodes que se apoiava nas patas traseiras para marrarcontra um dos concorrentes! Como o caminho era estreito o pelotão estava comalgum receio de avançar. Tive de ser eu a gritar o "Xô!" e a agitar osbraços pois já ali estávamos há cinco minutos embora o cenário fosseinteressante de observar...Paragem na povoação de Alqueva para aguada perante um confronto de culturas:no único café aberto estava a desenrolar-se um acontecimento social detranscendente importância, um bailarico típico a que não faltavam os temasmusicais de sucesso de Toni Carreira, Emanuel ou do grande Marante. Oproblema parece ter sido quando o Mário "ressuscitado" Carriço foi dentro docafé e parece ter sido observado com algum rigor étnico pelos locais emvirtude do trajo que ostentava :-)De Alqueva até Amieira mais uma sucessão de cabeços e vales daqueles quedesgastam bastante as pernas e com alguns elementos a ressentirem-se doesforço. Etapa interessante e dura esta.O João Pina foi um excelente guia apesar dos requintes de malvadez na buscaincessante de trilhos complicados e técnicos. Não havia necessidade, é que,com uma estrada no estado em que a EN 384 se encontrava, todos osquilómetros que nela percorrêssemos poderiam ser considerados BTT :-DVenha agora a 18@ Amieira - Évora. A subida do Degebe promete emoções,grandes dificuldades motivadas pela serra de Portel e muita belezapaisagística.¤º°`°º¤ø,¸¸,ø¤º°`°º¤ø¤º°`°º¤ø,¸¸,ø¤º°`°º¤ø¤º°Saudações Virtuais, Virtual Best RegardsAntónio Pedro Roque Oliveira

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