terça-feira, 12 de outubro de 2004
Orifoto do Lis - The Final Report
Antes de mais anuncio que as fotos (APRO e Jorge Cláudio) estãopublicadas emhttp://br.f2.pg.photos.yahoo.com/ph/proque2004/album?.dir=/4946(copiar o link completo). De referir que a data impressa nas fotosestá errada. Não que nós tivéssemos feito o percurso no dia anteriormas porque a máquina estava mal configurada. Esse problema já foi,entretanto, corrigido.A FÓRMULA "ORIFOTO"Relativamente ao evento gostaria de dizer o seguinte: entendo que oPedro Brites mais uma vez nos brindou com uma fórmula de sucesso.De tal modo gostei da jornada que, devido à sua simplicidade,proponho organizar algo de semelhante aqui na zona de Sintra ouArrábida para breve. Desafio aliás, os caros colisteiros a fazerem omesmo. Os que participaram tiveram uma excelente jornada, os quefaltaram não percam a próxima.São só vantagens: é uma organização "desorganizada", ou seja, em bomrigor não se trata de organização nenhuma mas antes de uma propostade trabalho no qual é fornecida uma carta militar digitalizada comdiversos pontos assinalados os quais terão de ser alcançados efotografados pelas equipas. Ou seja, ninguém tem nenhum trabalho emorganizar, basta conhecer o terreno, reconhece-lo e assinalar ospontos numa carta digitalizada e propor uma jornada aos demais.O caminho para lá chegar e o ritmo imprimido ficam ao critério decada equipa.Ou seja, não há "molhadas", não há "granel", não há esticões nempausas prolongadas por causa de furos, avarias ou caimbras que,proporcionalmente, acontecem com muito maior frequência se o grupofor numeroso.O impacto ambiental é, necessária e desejavelmente, reduzido.Por outro lado a "obrigatoriedade" de circular em equipa (2 a 4)implica que ninguém sai sozinho para o trilho, ou seja, não corre orisco de sofrer um acidente e ficar incapaz de solicitar auxilio.Esta disposição não foi, todavia, seguida à regra por dois dosparticipantes.O divertimento é mais que garantido pois para além de se poderpedalar em TT ao ritmo que mais nos convém há um "cheiro" a mistériono ar a fazer lembrar uma espécie de "rallye paper" adaptado ao BTT,contudo, sem as perguntas habituais de lana caprina.A quilometragem de 52 kms. que percorremos parece ser a ideal paraaquele tipo de evento: permite chegar não muito cedo percorrer todosos pontos e terminar ainda com luz solar.Por outro lado o facto de ser um circuito apertado e os pontos nãoserem muito distantes uns dos outros permite que, a qualquermomento, se possa regressar à partida.A MINHA PROVANavegar com mapa ou com GPS?Foi esta a questão prévia que colocámos previamente. Confesso quenunca fui grande adepto da navegação "a la carte" em bicicleta. Achoque está mais pensada para pedestrianismo uma vez que implicaconjugar a concentração entre a carta, a sua orientação, e os azaresde um terreno que muitas vezes é irregular debaixo dos pneus.Assim a aposta foi logo para GPS.Efectuámos um track virtual unindo todos os pontos e tentando, desdelogo, manter uma altimetria semelhante. A prática mostrou estarmoscertos. Não só todos os pontos foram efectuados como praticamentenão existiram enganos ou hesitações de monta.O track praticamente não divergiu da realidade e algumas alteraçõestácticas devido ao estado degradado do terreno rapidamente foramefectuados com a observação da carta.OS PONTOSOs pontos foram efectuados, tendo como base a povoação de Cortes nosentido dos ponteiros do relógio com as adaptações necessárias tendoem consideração a altimetria e os caminhos de ligação.De resto a seguinte numeração corresponde à existente nas fotos eque, obviamente, não é idêntica à que as outras equipas terãoefectuado.1 PATOS NA AZENHAEste não era para ser o primeiro, antes o segundo, mas o facto deuma travessia do Lis, logo junto a Cortes, ter deixado de existir(conforme um caçador nos afirmou) fez com que tivéssemos de adaptara progressão invertendo a sequência. Lá estavam os patos divertindo-se no charco da azenha. Como gosto das aves achei que foi umexcelente início para a prova.2. SEBE DE CEDROSAssim sendo cruzámos a EN 356/2 e subimos os metros de terreno juntoà bomba de gasolina para fotografar o ponto e regressámosrapidamente pelo mesmo caminho.3. ENTRADA DA CURVACHIACruzámo-nos aí com muitos ciclistas TT mas que não tinham nada quever com o Orifoto. Parece que a mítica mata é o playground dominicalleiriense.4. CASCATAParece que havia quem estava à espera de ver o Niagara Falls poisesteve por lá e achou que aquilo não era uma cascata… Nós por cá nãoo achámos e encontrámos e fotografámos sem dificuldade. De referirque a Curvachia é um labirinto de caminhos. Valeu o GPS para nos daro azimute, o resto ficou ao sabor da imaginação. A chuva fez umaprimeira aparição embora não muito forte.5. SAÍDA DA CURVACHIAFizemos os últimos metros junto à parede de pedra que contribui paraconferir o misticismo à mata. Retomado o asfalto subimos então parao ponto,6. LAVADOUROApós o termos fotografado entramos numa zona de estradões rápidos e,subimos mais um pouco até ao ponto,7. PAVILHÕES DOS ANIMAISOnde tivemos de, rapidamente, fotografar e zarpar uma vez que ocheiro era insuportável. Percebe-se assim a tonalidade do Lis…8. PLACA RUARumamos ao Arrabal e, antes dessa povoação, tempo de fotografar.Depois foi a vez de cruzar o Arrabal, no final da missa, entrar emSoutocico e descer ao vale onde a chuva caiu forte e impiedosa.9. CASINHOTO DE PEDRAO famoso casinhoto não estava exactamente no ponto assinalado masuns metros adiante. Em boa hora o descobrimos pois permitiu-nosabrigar durante um bom quarto de hora.10 RUÍNASDepois foi tempo de pedalar bastante até encontrarmos as ruínas,antes da Abadia e começarmos a forte ascensão que nos levaria atéaos 430 metros. Pelo caminho tempo de encontrarmos o ponto,11 METALOMECÂNICAOnde a chuva caiu de novo muito forte e onde nos abrigamos um poucodebaixo de uns ciprestes. Após alguns minutos recomeçámos a ascensãopor asfalto, cruzamos a ermida da Senhora do Monte (onde estranhamosnão haver um ponto) chegamos então ao ponto,12 ANTENASQue são rapidamente fotografadas e continuamos a subir chegando aoponto13 MURO PEDRA CIRCULARQue também é logo fotografado. Neste ponto tinha, quando previamentefiz o track, ficado com a dúvida se devia de descer até ao cruzeirouma vez que ele estava ali a poucas centenas de metros. No entantouma observação atenta das curvas de nível mostrou que seriacomplicado uma vez que era necessário voltar lá acima parafotografar aquele que seria o ponto,14 DELTA E ANTENASQue foi o ponto mais alto da incursão tendo descido rapidamentepelas veredas até a um apertado vale num piso muito complicadodevido ao calcário escorregadio onde a busca do lagar se reveloutarefa difícil devido ao facto do caminho estar completamentedissimulado. Mas como a cartografia é algo de exacto lá conseguimosatingir o ponto15 LAGAR EM RUÍNASFeita a foto descemos por uma vereda onde tivemos de desmontar talera a quantidade de mato. Apanhámos, de novo, o caminho do vale eseguimos velozmente até ao ponto16 NASCENTE DO LISQuem participou no Nascente do Lis I não pode deixar de ficarsurpreendido com a diferença. Dos milhares de hectolitros quebrotavam em pleno Inverno, nem sombra. Os primeiros vestígios deágua apenas eram visíveis cerca de uma centena de metros a jusantejá a entrar em Fontes que, apesar de tudo, continua a ser umapitoresca povoação.17. RUA DO PRAZOChegámos aí rapidamente, batemos a foto e seguimos para o ponto18 CAMINHO DE TERRAQue também transpusemos rapidamente. O problema foi daí até ao pontoseguinte (o que implicava uma deslocação maior) já que optámos porum caminho de terra por entre vinhas que estava muito enlameado equase que atolámos por completo. Assim alcançar o ponto19 CRUZEIROAcabou por tornar-se um exercício muito complicado de tal modo que oretorno foi todo feito por asfalto até à Amoreira e ao ponto20 LEITO DO RIO SECOOnde encontrámos duas outras equipas que seguiam juntas mas queainda não tinham percorrido todos os pontos. Assim seguimosconjuntamente até Reixida onde, de novo apenas os dois, derivámospara poente, costa acima até ao ponto21 CEMITÉRIO DE BARREIRAFoto tirada foi descer velozmente pelo asfalto até Cortes.No final o Nuno Nunes, muito generosamente, deixou que nosduchassemos e presenteou-nos com um frango assado delicioso. "He isa jolly good fellow".Acabou por ser um passeio com alguma intensidade (2600 KCal.despendidas) que satisfez plenamente quem nele participou.APRO
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