segunda-feira, 25 de outubro de 2004

PASSEIO DE OUTONO VELOCIPEDI@ - A TRADIÇÃO AINDA É O QUE ERA



Na era das maratonas, dos percursos balizados e da navegação por satélite pode parecer anacrónico uma incursão betetística à maneira antiga.

Pois foi assim que a actividade se processou, em plena Serra de Ossa, sobranceira a Estremoz, desconhecida para muitos de nós. Apenas vislumbrada quando passamos velozmente pela A6.

De facto, já estávamos desabituados a um passeio deste tipo, com um guia à cabeça e outro a encerrar, sem setas, fitas ou tracks de GPS. Até encaramos com algum cepticismo se a iniciativa não seria monótona.

Não poderíamos estar mais enganados. A jornada foi de excelência!

Tratou-se de mais um passeio de Outono da lista de correio electrónico Velocipedi@ que é o mais antigo dos fóruns nacionais de discussão de ciclismo.

Bastou juntar algumas dezenas de ciclistas de montanha, adicionar-lhe uns trilhos fantásticos na Serra de Ossa, mais um excelente convívio potenciado pelo facto de muitos dos participantes se conhecerem há muito, conjuntamente com um ritmo de pedalagem homogéneo e elevado para termos como resultado uma jornada extremamente interessante complementada com um incontornável repasto típico para que ninguém se possa queixar e possa recordar o passado dia 17 de Outubro com enorme satisfação.

É claro que fomos bafejados pela sorte: não houve as inevitáveis avarias, quedas, caimbras ou furos sempre potenciadas pelo facto de ser um grupo numeroso e da lei das probabilidades ser, geralmente, impiedosa. Até a meteorologia esteve pelo nosso lado abrindo uma janela de estio no meio da chuvada da véspera e do dia seguinte.

Felizmente não há regra sem excepção e tudo concorreu para ser um passeio de eleição, embora à moda antiga: a tradição ainda é o que era!

Do agrado de todos o percurso contou com subidas fortes, designadamente a que dava acesso ao cimo da Serra, em São Gens e que serviu para extenuar muitos dos participantes que se recompuseram lá no alto, observando as águias de cima para baixo junto às ruínas da capela que dá o nome ao topo serrano.

A partir daí foi uma descida contínua a exigir de todos um empenho e concentração absolutas mas a proporcionar uma satisfação plena seja pela velocidade seja pela técnica que era necessário empregar.

O culminar foi mesmo junto à Torre de Menagem de Estremoz e as fachadas marmóreas das suas igrejas numa espécie de “grand final” em direcção ao duche e ao almoço pois o consumo de calorias foi directamente proporcional à satisfação obtida.

Sem comentários: