terça-feira, 21 de dezembro de 2004

LINHAS DE TORRES - TRAÇADO CONCLUÍDO DA VENDA DO PINHEIRO AO FORTE DA CASA

No domingo prosseguiu o reconhecimento.No fim de samana anterior eu eo o JC já haviamos efectuado da Vendado Pinheiro a Bucelas. No entanto falhámos alguns fortes.Assim sendo procurámos repetir o percurso, alcançando todos osfortes existentes pelo caminho sem que nada fique por reconhecer.Para além disso procurámos ligar, no sentido poente, até ao final dasegunda linha (na realidade o início uma vez que os fortes eramnumerados de nascente para poente) ou seja o Forte que deu o nome àpovoação de "Forte da Casa" em Alverca.Concluímos esse reconhecimento com sucesso e podemos afirmar que hájá um traçado seguro entre Venda do Pinheiro (Malveira, Mafra) eForte da Casa (Alverca, Xira).Mas não foi nada fácil este reconhecimento.A zona é muito complicada do ponto de vista orográfico. Assim acerca de 65 quilómetros correspondeu uma altitude acumulada positivade cerca de 1900 m. e quase 3500 Kcal. despendidas.Tal situação é agravada pela circunstância de os 25 quilómetrosiniciais terem sido percorridos integralmente em asfalto pela EN116, ou seja, desde o Forte da Casa até à A8 já próximo da Venda doPinheiro.Tal significa que aos 40 quilómetros de TT correspondem a 1200metros de altitude acumulada positiva.Imaginem como será percorrer integralmente as duas linhas...Estacionámos a viatura junto ao Forte (da Casa) que fica no centroda povoação e está em belo estado de conservação. Começamos porabordar, desde logo os fortes das imediações (Casa 2 e 3, Rua Nova eArroteia) para, no final, facilitar o reconhecimento e consequenteestabelecimento de um traçado definitivo.Seguimos por estrada, descendo para a zona da fábrica da Centralcer(Cerveja Sagres, já devem de ter ouvido falar ;-), Alverca, e começauma subida demolidora até à portela de acesso ao vale de Bucelas, aíchegados descemos até à povoação e subimos sempre até à A8 e, juntoao Forte do Além, buscamos um traçado alternativo ào reconhecido nasemana transacta uma vez que este era de difícil transposiçãociclável.Depois foi repetir os fortes de Azinheira e do Capitão, reconhecemoso do Outeirnho que fica na colina oposta e que havia falhado nasemana passada. Este caracteriza-se por uma ascensão curta masbrutal e como a maioria é composto de um fosso e está coberto devegetação.Descemos e continuamos para encontrármos uma ligação entre os doisda Achada e o de Permouro e Tomada Velha (que haviam falhado nasemana anterior) todos na zona de São Gião / Montachique.De referir que, finalmente, conseguimos uma certa linearidade depercurso no meio da confusão de caminhos que é Montachique, com aagravante de muitos não corresponderem aos traçados na carta militar.O forte de Permouro fica, como não podia deixar de ser, num alto dedificil acesso e está ainda em bom estado de conservação bem no meiode um eucaliptal que domina a estrada de acesso ao Vale de São Gião.Quanto ao da Tomada Velha há uma dificuldade prática: fica no meiodo Parque de Montachique onde é interdita a circulação a bicicletaspelo que fica aqui apenas a sua referência.Seguimos então pelos três últimos fortes da semana passada (S. Gião,Ribas e Picotinho) numa zona espectacular onde se percorre o topo damontanha com o vale do Freixial lá embaixo.A diferença foi que não descemos para Bucelas antes seguimos pelotopo do Picotinho até à Estação Eléctrica de Fanhões (e que estaçãoeléctrica!) e aí descemos por uns trilhos fantásticos no meio de umafloresta de carvalhos até à EN 115 terminando mesmo por sob oviaduto da A9 CREL junto ao restaurante com o nome fantástico de "OsPneus".Esta divertida e interminável descida foi paga muito cara já que foitempo de ascender, via Zambujal, até ao alto de Serves naquela quese haveria de tornar a mais dura ascensão do dia, sobretudo porque,antes de Santa Eulália, se perderam, de novo, quase 100 metros dealtitude que depois se tiveram de retomar a custo.Atingido o topo, seguimos pela estrada miltar (mais uma calçada dotempo da construção das linhas) sempre junto à cota máxima numasucessão algo demolidora de sobe e desce até aqueles que sãoconsiderados dos mais interessantes fortes das linhas: o conjuntotriplo da Aguieira (fortes 40, 41 e 42) que têm uma vista fantásticasobre o Vale do Tejo na zona de Alverca.Tempo, finalmente, de descer até Vialonga embora, pelo caminhotenhamos visitado o forte de Boca da Lapa que fica junto a uma pistade motocross bem visível da A1 e que domina, juntamente com o járeferido da Arroteia o Vale de Alfarrobeira onde passa actualmente aA1 mesmo antes das portagens de Alverca (a sul das mesmas).Após Vialonga transpõe-se a A1 e sobe-se até aos referidos fortes doForte da Casa sendo que, todos, à excepcão do Forte da Casa 3 sãovisitáveis (este está em terrenos vedados da Centralcer).Começa assim a tomar forma o reconhecimento.Em breve alcançaremos o mar em Ribamar e teremos a primeira linhadefenida de poente para nascente.Começa também a definir-se a enorme dificuldade que será percorreras linhas de Torres: seja em termos quilométricos, seja sobretudo emtermos altimétricos.APRO

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