Este sábado (21JAN06), com um tempo magnífico, voltámos às grande incursões e ao reconhecimento das Linhas de Torres na zona de Mafra após, no sábado anterior, por lá termos andado a verificar o traçado previamente escolhido. Participaram na incursão de 14JAN06: Pedro Roque; Mário Silva, Luís Gomes, Jorge Cláudio Neves e nesta (21JAN06) os dois primeiros juntamente com o Vítor Amador Louçã.
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Desta vez foram quase 90 quilómetros, 2200 metros de altitude acumulada positiva, 4400 KCal e um recenseamento canino para cima de 230 exemplares! :-) Reconhecemos assim um track definitivo a apresentar na próxima edição da Onbike (2.ª linha, 2.º troço). As obras de construção do lanço de Auto-Estrada entre Mafra e Ericeira obrigaram a uma alteração substantiva no trajecto previamente existente. Após o termos constatado na semana transacta (à custa de muita "pasta de lama") e procedeu-se a uma reconfiguração do traçado. Costuma afirmar-se que Deus escreve direito por linhas tortas. Assim o foi relativamente a este segundo troço das linhas.
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De facto a alteração veio introduzir mais dureza, atitude e quilometragem evitando a zona urbana de Mafra mas, em contrapartida acrescentou alguns dos melhores momentos da incursão: o vale da Ribeira do Boco; a Riba Fria e a descida para o Rio Pequeno; o Santuário da Senhora do Socorro (ou do Arquitecto); a subida (violenta diga-se) até Casas Novas; a descida à Ribeira do Coxo e a subida até ao Zambujal a proporcionarem momentos inesquecíveis. Já na semana anterior havia sido introduzida uma alteração qualitativa na passagem do Vale da Guarda para o Jeromelo subtraindo muito do asfalto à custa de uma subida penosa até ao delta do mesmo nome mas de uma beleza paisagística rara.
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Apesar de estarmos perante um "traçado final" há ainda uma alteração que pretendo introduzir por forma a suprimir ainda mais asfalto na zona da Rocheira (EN9), descendo até ao Sobral da Abilheira e subindo depois até à estrada referida. Tal alteração será efectuada à custa de mais quilómetros e altitude transformando este segundo troço, provavelmente, no mais duro de todos. A constatar, no meu caso pessoal, uma subida razoável de forma que me permitiu efectuar a dura incursão sem dificuldades de maior. É o regresso das grandes incursões!
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Mas vamos ao filme da mesma: . Saída da Venda do Pinheiro . Visita ao forte n.º 70 (Quinta do Estrangeiro) em plena povoação; . Direcção Malveira; . Forte 66 – (da Feira); . Subida violenta para o forte 65 (Sta. Maria – 369 metros, ponto mais alto da incursão) . Desvio para visita ao forte 63 (Casal da Serra) magnifica vista sobre o Vale da Guarda e a EN8 com passagem pelo local onde se situava a obra 64 no vertice SE do muro da Tapada de Mafra; . Sobe e desce junto ao muro sul da Tapada e visão do forte 2 (tapado por um eucaliptal) e da zona onde se situava o 74 (actualmente um estaleiro); . Cruzamento da EN116 na zona da Alcainça Grande, Arrifana, Igreja Nova, Ventureira, Boco, Zambujal, visita ao forte 95, descida à Senhora do Ó, subida à Lapa da Serra, Pinhal dos Frades e cruzamento da EN118 (Mafra-Ericeira); . Travessia da Ribeira do Cuco, Paço d'Ilhas, ascensão a Marvão, descida a Ribamar (forte de São Lourenço – obra n.º 3) subida de novo a Marvão com passagem pelos fortes 93 e 92 – este denominado do Picoto); . Circulamos pelo cabeço sobre o vale do Rio Safarujo (obras 91 – Forte da Portela, 90 – actualmente uma vacaria e 89 (Muxarro); . EN 9 – desvio para o forte do Areeiro (obra 88), Forte da Patarata (82), do Meio (83) e do Curral do Linho (84) . Na Murgeira descemos junto ao muro poente da Tapada até ao Codeçal e subimos penosamente até Chança e ao delta do mesmo nome em plena Serra do Chipre, a descida para o Gradil faz-se pelo topo norte do enorme muro da Quinta da Boa Viagem passando junto aos vestígios das obras 80 (Rafaeis), 79 e 78 (Picoto) . Descida violenta da Portela do Gradil, Gradil e começa o carrossel do Gradil, intenso rompe pernas até ao Vale da Guarda com passagem pelo forte 62 (Cherra) . Subida ao Jeromelo e descida para a Venda do Pinheiro via forte 67 (actualmente um estaleiro), 68 (cabeço do Matoutinho – dentro de uma propriedade privada), e 69, um antigo moinho que se encontra dentro de um condomínio privado. . Final
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