terça-feira, 24 de janeiro de 2006

LINHAS DE TORRES (Linha 2 Troço 2 - Mafra) Reconhecimento Integral

Os Vestígios são Inúmeros e Estão em Toda a Parte

Este sábado (21JAN06), com um tempo magnífico, voltámos às grande incursões e ao reconhecimento das Linhas de Torres na zona de Mafra após, no sábado anterior, por lá termos andado a verificar o traçado previamente escolhido. Participaram na incursão de 14JAN06: Pedro Roque; Mário Silva, Luís Gomes, Jorge Cláudio Neves e nesta (21JAN06) os dois primeiros juntamente com o Vítor Amador Louçã.


Desta vez foram quase 90 quilómetros, 2200 metros de altitude acumulada positiva, 4400 KCal e um recenseamento canino para cima de 230 exemplares! :-) Reconhecemos assim um track definitivo a apresentar na próxima edição da Onbike (2.ª linha, 2.º troço). As obras de construção do lanço de Auto-Estrada entre Mafra e Ericeira obrigaram a uma alteração substantiva no trajecto previamente existente. Após o termos constatado na semana transacta (à custa de muita "pasta de lama") e procedeu-se a uma reconfiguração do traçado. Costuma afirmar-se que Deus escreve direito por linhas tortas. Assim o foi relativamente a este segundo troço das linhas.


De facto a
alteração veio introduzir mais dureza, atitude e quilometragem evitando a zona urbana de Mafra mas, em contrapartida acrescentou alguns dos melhores momentos da incursão: o vale da Ribeira do Boco; a Riba Fria e a descida para o Rio Pequeno; o Santuário da Senhora do Socorro (ou do Arquitecto); a subida (violenta diga-se) até Casas Novas; a descida à Ribeira do Coxo e a subida até ao Zambujal a proporcionarem momentos inesquecíveis. Já na semana anterior havia sido introduzida uma alteração qualitativa na passagem do Vale da Guarda para o Jeromelo subtraindo muito do asfalto à custa de uma subida penosa até ao delta do mesmo nome mas de uma beleza paisagística rara.


Apesar de estarmos perante um "traçado final" há ainda uma alteração que pretendo introduzir por forma a suprimir ainda mais asfalto na zona da Rocheira (EN9), descendo até ao Sobral da Abilheira e subindo depois até à estrada referida. Tal alteração será efectuada à custa de mais quilómetros e altitude transformando este segundo troço, provavelmente, no mais duro de todos. A constatar, no meu caso pessoal, uma subida razoável de forma que me permitiu efectuar a dura incursão sem dificuldades de maior. É o regresso das grandes incursões!


Mas vamos ao filme da mesma: . Saída da Venda do Pinheiro . Visita ao forte n.º 70 (Quinta do Estrangeiro) em plena povoação; . Direcção Malveira; . Forte 66 – (da Feira); . Subida violenta para o forte 65 (Sta. Maria – 369 metros, ponto mais alto da incursão) . Desvio para visita ao forte 63 (Casal da Serra) magnifica vista sobre o Vale da Guarda e a EN8 com passagem pelo local onde se situava a obra 64 no vertice SE do muro da Tapada de Mafra; . Sobe e desce junto ao muro sul da Tapada e visão do forte 2 (tapado por um eucaliptal) e da zona onde se situava o 74 (actualmente um estaleiro); . Cruzamento da EN116 na zona da Alcainça Grande, Arrifana, Igreja Nova, Ventureira, Boco, Zambujal, visita ao forte 95, descida à Senhora do Ó, subida à Lapa da Serra, Pinhal dos Frades e cruzamento da EN118 (Mafra-Ericeira); . Travessia da Ribeira do Cuco, Paço d'Ilhas, ascensão a Marvão, descida a Ribamar (forte de São Lourenço – obra n.º 3) subida de novo a Marvão com passagem pelos fortes 93 e 92 – este denominado do Picoto); . Circulamos pelo cabeço sobre o vale do Rio Safarujo (obras 91 – Forte da Portela, 90 – actualmente uma vacaria e 89 (Muxarro); . EN 9 – desvio para o forte do Areeiro (obra 88), Forte da Patarata (82), do Meio (83) e do Curral do Linho (84) . Na Murgeira descemos junto ao muro poente da Tapada até ao Codeçal e subimos penosamente até Chança e ao delta do mesmo nome em plena Serra do Chipre, a descida para o Gradil faz-se pelo topo norte do enorme muro da Quinta da Boa Viagem passando junto aos vestígios das obras 80 (Rafaeis), 79 e 78 (Picoto) . Descida violenta da Portela do Gradil, Gradil e começa o carrossel do Gradil, intenso rompe pernas até ao Vale da Guarda com passagem pelo forte 62 (Cherra) . Subida ao Jeromelo e descida para a Venda do Pinheiro via forte 67 (actualmente um estaleiro), 68 (cabeço do Matoutinho – dentro de uma propriedade privada), e 69, um antigo moinho que se encontra dentro de um condomínio privado. . Final

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