quinta-feira, 23 de março de 2006

"SINGLE SPEED" O Regresso às Origens

Single Speed Bikes it's no more then a rebellion of many cyclists against the complexity, fragility and overweight of MTB's transmitssions

A moda está aí: depois de se criarem sistemas desmultiplicadores para, nas ascensões, facilitar a vida ao ciclista de montanha, ressurge cada vez com mais ímpeto a moda da "single speed" ou a transmissão no seu estado mais simples.

É uma única pedaleira e carreto num compromisso desmultiplicador entre força e velocidade mas que tem de contar, quer com um estilo de pedaleio, quer com uma forma física adequados por forma a se abordarem os mesmos terrenos que uma BTT "normal" isto é, com a possibilidade de conjugar relações de velocidade que podem conhecer uma amplitude entre os 44X11 para rolar a grande velocidade aos 22X34 que permitem subir "paredes" com forte grau de inclinação. Não é nada fácil, portanto, o compromisso numa única relação de transmissão.

Moda, direito à diferença, simplicidade, exclusivismo, direito à diferença ou simplesmente regresso às origens, o que é certo é que há um número crescente de ciclistas que tem uma destas bicicletas alternativas (normalmente como segunda máquina) e que faz, com ela, coisas aparentemente inverosímeis.

Pessoalmente sou testemunha de feitos "incríveis" como a etapa 27 da Estafeta V@ na qual o António Malvar levou uma bicicleta deste tipo até ao alto de Santo António das Neves, na Lousã (e nem sequer foi o último a chegar), as suas participações na Maratona de Portalegre com classificações finais interessantes ou a recém participação do Nuno Neves na primeira edição da "Maratona do Centro" com umas surpreendentes (ou talvez não) 6 horas e 12 minutos para os tremendos, acidentados e enlameados 80 Kms. do percurso.

Para além deles há que destacar, entre outros, o Pedro Carvalho (antigo director da Bike Magazine) e o inimitável João Pedro Pina como incondicionais destas bicicletas.

Qualquer um , todavia, pode montar uma bicicleta deste tipo. Não necessita de adquirir, de origem, nenhum modelo. Basta apenas vontade e engenho para adaptar um quadro antigo.

Para tanto e com a devida vénia, fica aqui um link "manual virtual" para o blogue do Vítor Santos - ABRASAR ou a página dos PATUS BRAVUS onde se ensina detalhadamente quais os passos necessários para o efeito.

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