terça-feira, 28 de março de 2006

Segundo Reconhecimento Raide FPCUB

On this final part of the first stage we spin trough many "beef with legs" like those on the photo and, because of the fences put in place to protect them, we wont be able to go cross the beautifuls landscapes of the Mira bank as we plan. Instead we have to commute on the road to cross the "Ribeira do Torgal" since Troviscais until Odemira. Nevertheless this is a lovely final to a long and hard first stage that starts in Tróia many kilometres in the north facing Setúbal in the left Sado bank.

Domingo, 26 de Março, foi dia de novo reconhecimento para o Raide Setúbal – Albufeira da FPCUB.

Recordemos que, no primeiro ensaio, ficámos pelo Paiol, a sul de Santiago do Cacém após mais de 100 extenuantes kms.

O início do segundo reconhecimento foi, como seria inevitável, no Paiol. Até aí tudo bem, o problema é que a logística é uma arte extenuante e naturalmente, no final, eu e o Rui Sousa deveríamos ter uma viatura para regressar. Assim sendo esta foi deixada em Odemira e a solução foi fazer um aquecimento prolongado, ou seja, 50 kms. pela EN 120, para norte!

A forma física, não sendo a melhor mas apenas razoável, ainda assim permitiu uma média de 25 kms. por hora (nada mau se tivermos em consideração que era estrada de montanha em boa parte do traçado). No Paiol, meia centena de kms. adiante, recomeçou então a aventura. O Jorge Manso aconselhou-nos um track que abordava a barragem de Morgavel por poente, ao longo do paredão. Foi óptimo já que a zona nascente era um emaranhado de braços da albufeira encravados em cabeços especializados a romper pernas. Assim sendo não é de admirar que se tenha alcançado a Sonega num abrir e fechar de olhos. Impressionante!

A seguir a esta povoação era o desafio da Serra do Cercal. Até porque com o track - guia que dispúnhamos embrenhávamo-nos no miolo desta. Felizmente “Ele escreve direito por linhas tortas” e alguém se lembrou de vedar a passagem. Assim sendo e munidos dos mapas foi com “muita tristeza”  que tivemos que improvisar uma alternativa com menos quilómetros e altitude acumulada. Foi deste modo que rumamos primeiro a poente e depois para sul para reencontrar o “track” guia bem mais adiante.

Mas a impressionante serrania que dista entre Cercal e Odemira não estava ainda vencida. Na zona já perto do Mira, novo desafio. O cabeço da Serra do Penedo (onde se “parapenta”) ameaçava uma subida penosa em azimute directo seguida de diversos “rompe-pernas”. A opção foi descer à EN 532 (Milfontes – São Luís) e subi-la por cerca de 3 kms. Quem efectuar este raide e começar a praguejar nestes quilómetros com o asfalto bastará que olhe para a sua esquerda e veja bem o quão impressionante é a “borbulha geológica” que acabou de evitar para mais quando já leva mais de uma centena de quilómetros nas pernas e já deseja o final!

Retomado o track guia abandona-se a estrada em direcção a Vale Bejinha por um estradão magnífico que cruza um eucaliptal e pouco depois os Troviscais.

Aí, com 100 kms. pedalados, já com um sorriso nos lábios, preparávamo-nos para descer para o Mira, cruzar a Ribeira do Torgal junto à foz e rolar tranquilamente até Odemira quando se dá o grande golpe de teatro: a meio da vertiginosa descida o caminho barrado e dois “Serra da Estrela” zelosos a proteger o seu território. Não restou outro remédio senão o improvisar uma alternativa de descida até ao Mira. Voltámos atrás cerca de uma centena de metros (sempre a subir, bem entendido) e rolámos por poente pelo meio dum eucaliptal descendente e chegamos ao meio de um lamaçal na margem do Mira que percorreremos penosamente durante mais de um quilómetro até reencontrarmos o track e a passagem da ribeira no pontão.

Do outro lado nova vedação. Tornava-se claro que será impossível que o raide passe naquele local restando como única alternativa a ligação Troviscais – Odemira por estrada sempre descendente (sendo que a única subida será após a passagem da Ribeira do Torgal a montante do local anteriormente assinalado) com a vantagem de se entrar mais rapidamente na zona do Pavilhão (que fica num alto) onde deverá ser a pernoita.

No final quase 130 kms.!

O terceiro reconhecimento, no próximo fim de semana, deverá ser o final.

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