terça-feira, 7 de outubro de 2008
Capacete - da Discussão Nasce a Luz!
Caros Amigos,
Estava longe de imaginar quando postei no blogue (e reenviei para a V@) que a discussão fosse tão acalorada (o que se saúda, a lista estava a precisar de um abanão).
Faz lembrar a saudosa "jihad" das hardtail Vs. softail de tempos imemoriais.
A minha intenção não é forçar a obrigatoriedade do capacete, longe disso. Tenho perfeita consciência de que se tal acontecesse seria terrível para a (ainda) incipiente mobilidade ciclável em Portugal. Aí concordo com a leitura de que, se isso acontecer, o saldo sanitário será desfavorável pois, todos sabemos que pedalar, entre outras coisas representa um ganho em termos de saúde individual e colectiva.
A minha posição sobre o capacete é de absoluta neutralidade (agnóstico relativamente à matéria, como diria o meu amigo Mário Alves).
Tenho para mim que deverá ser o bom senso a determinar se o deveremos usar, ou não. Pessoalmente uso-o sempre porque acho que, tal como um extintor, desejamos que não venha a ser necessário mas "if shit happens" pode fazer a diferença. Até porque pedalar envolve alguns
riscos, maiores os menores, consoante as circunstâncias.
Por isso, que a discussão continue, de modo acalorado, mas com respeito mútuo. É preciso fazermos todos um esforço de compreensão de argumentos com os quais possamos não concordar e evitar o constante "sacar da pistola" só porque a nossa tese é objecto de contraditório.
Igualmente gostaria de constatar algo que considero incontornável. Esta lista teve na sua génese os "betetistas" puros e duros (nos quais me incluo). Para esta "raça de ciclistas" o uso do capacete é inquestionável e tendemos a transportar para uma utilização diária
esse hábito.
O exemplo acabado disso é o do nosso amigo Rui Sousa, betetista incorrigível que, mais do que ninguém, utiliza, de há anos a esta parte, a bicicleta de modo utilitário quotidianamente e que não
dispensa o uso do capacete (já para não falar do colete fluorescente). Recordo que, inclusivamente, na reportagem da RTP ele chegou a afirmar, peremptoriamente, que o seu uso não poderia ser esquecido, por razões de segurança.
A "contraparte" nesta discussão é protagonizada pelos meus amigos Hugo e Frederico que vêm de uma escola diferente que tem como origem a utilização utilitária da bicicleta, na melhor tradição holandesa ou dinamarquesa e que tende a encarar o capacete como um gadget dispensável.
Como da discussão nasce a luz continuemos pois neste clima de cordialidade.
Pedro Roque
PS: Já agora, acredito que se, a vítima da notícia do JN que esteve na génese do "post", usasse um capacete poderia, de facto, ter feito a diferença.
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