sábado, 27 de março de 2010

THE KINGDOM STRIKES ATTACK


No alto do Parque Eduardo VII,  local onde deveria flutuar uma bandeira da república portuguesa e onde o desleixo faz com que tal não aconteça, "alguém" colocou uma bandeira nacional monárquica que, pelo facto de já não ser a bandeira oficial de Portugal, não significa que seja menos merecedora do respeito colectivo que a "verde-rubra".

Compare-se o culto da bandeira entre nós e na vizinha Espanha.

Por cá encontra-mo-la desbotada, enrolada, rota, olvidada e, amiúde, vilipendiada. E que dizer do hastear pindérico de bandeiras por ocasião dos campeonatos europeu e mundial de futebol, pelo cidadão médio, e que resulta num rol de horrores e de atrocidades dos quais se destacam os exemplares com pagodes nos lugares dos castelos, a inscrição amarela "Portugal" e o pano de pernas para o ar?

Em Espanha abundam as bandeiras grandes brilhando e esvoaçando ao vento no qual todos se revêm.

Quiçá será esta a diferença de tratamento do símbolo nacional deste e do outro lado da fronteira a destrinça entre uma república e uma monarquia constitucional?

Se assim for, provavelmente, mesmo em ano de centenário republicano, aquela que já foi a bandeira de Portugal, mereceria continuar hasteada no alto do parque.

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