quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ainda o spinning...


Ontem tive cerca de duas horas a ritmo infernal...

Até tive saudades de "coisas simples" como subir ao "delta" Monge na serra de Sintra.

De manhã dei por mim a reflectir sobre os prós e contras da alternativa modalidade e que, como em tudo na vida, existem vantagens e desvantagens.

A ver...

O facto de ser uma aula colectiva é, quanto a mim, o maior activo. Não me estava a ver, a rolar em casa frente à TV, a sprintar durante 15 minutos, com um set de maluquinhos a pedir aumentos de resistência. Este efeito de grupoterapia leva-nos até onde, normalmente, não iríamos. E este é um factor determinante que não deve ser descurado.

Por outro lado, o efeito de concentração e de intensidade, faz com que uma hora de treino seja o equivalente a pedalar o triplo por aí.

Sem embargo nada substitui a sensação do vento na cara nem o suceder de paisagens e a ultrapassagem de portos de montanha e de localidades.

De igual modo a artificialidade das simulações, se bem que, do ponto de vista teórico, estejam bem esgalhadas não nos fazem esquecer o real. Por exemplo, a simulação da montanha, efectuada a partir de um aumento da resistência da rotação do volante de inércia, se bem que se assemelhe à montanha, padece de um problema: basta ter força nas pernas para vencer a dificuldade coisa que, na vida real, não é bem assim.

Ou seja, o factor peso-potência aqui não conta, mas antes o factor potência tout-court. Ou seja, o cavalão clássico que, a sprintar, consegue arrasar quarteirões mas que, a subir, tem de arrastar o lastro até lá acima e que tem muitas dificuldades para vencer um porto de montanha, aqui, em cima da máquina simulada consegue arrastar o volante de inércia com uma facilidade estonteante.

Ainda assim, o spinning é uma excelente alternativa de treino sobretudo quando o mau tempo não convida a treinos convencionais.

1 comentário:

Bentania disse...

Olá Pedro,

Faço spinning 3 vezes por semana há quase 2 anos. Devo dizer que não acho muita piada à coisa. Porém, os efeitos quando vou pedalar para a serra são notórios. NUNCA mais (e digo este nunca com toda a propriedade) tive uma cãibra. Mesmo em esforços desumanos como na última ida a Santiago (117 kms em ritmo de galeras). Reconheço os méritos do treino no Spinning, são imensos. Sobretudo se o instrutor for bom. É um complemento para o BTT de enorme qualidade. Aliás, não dever haver nada mais parvo que não fazer nada durante a semana e chegar a domingo e "mandar" com 100km de BTT para cima do corpinho. É um bocado violento... Também recomendo vivamente!