A subida a Bornes, uma serra cujo topo se situa aos 1.200 m., levou-me a descobrir um conceito topográfico e orográfico que empiricamente já se me deparara: a proeminência topográfica.
De acordo com a incontornável Wikipedia: a proeminência é um dado tão ou mais relevante que a altitude para determinar a importância de uma montanha. É uma medida objectiva que se relaciona fortemente com o significado subjectivo de um cume. Dá-nos ideia da sua relevância com referência às montanhas que a rodeiam. Os picos de proeminência baixa costumam ser picos subsidiários (subcumes) de outros principais, e os de proeminência alta indicam que a relevância da montanha é elevada, tendendo a ser os pontos mais altos da vizinhança e costumam ter vistas desafogadas em seu redor.
Devido ao conceito de proeminência, os três cumes secundários do Kanchenjunga que estão acima dos 8.000 metros não figuram na listagem oficial das montanhas com mais de oito mil metros de altitude já que entre elas há muito pouco desnível (têm pouca proeminência) o o K2 (altitude, 8.611m; proeminência, 4.017 m) é considerado o segundo cume mais importante, à frente do cume sul do Monte Everest (altitude, 8.749 m; proeminência, 10 m).
Ou seja, este conceito é bem mais importante do que a altitude absoluta de uma montanha. Quando tivermos de subir uma convirá que o tenhamos em consideração não só pelo esforço que ela nos exigirá mas também pelos panoramas que, do topo, lhe cobraremos.
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