Férias de Verão para os jovens sem um pouco de aventura também não são verdadeiras férias.
Felizmente a bicicleta é um extraordinário objecto multiusos. Para quem pouco conhece a paixão pelo ciclismo pode ser estranho pensar de outro modo e provavelmente vê o ciclismo como um acto de sacrifício, de competição ou uma necessidade de transporte económico, ecológico como está agora na moda pensar nestas coisas... Os jovens da escola de ciclismo em férias provaram hoje mesmo que a bicicleta não é para eles só um equipamento de treino e competição... É e foi neste dia uma verdadeira amiga de grande aventura num enduro de BTT que durou o dia todo tendo-se feito no total 80 quilometros por estradas e caminhos que só mesmo a versatilidade de uma BTT permite. Num fim de época já sem competições os jovens estão bem preparados físicamente, estando de férias tem agora tempo de sobra para se divertirem sem horários de chegada a casa, só falta mesmo um empurrão para se combinar um bom programa de tempo livre com muita aventura. Assim pensei em algo simples sem necessidade de transporte com partida de BTT de Leça do Balio mas que tivesse algum interesse a nível de conhecimento cultural e com alguma aventura... E a escolha recaiu no ir de bicicleta em completa autonomia até à nascente do rio Leça e regressar no mesmo dia. Os protagonistas que estavam livres e se disponibilizaram logo foram a Mariana Pedrosa (Juvenil de 13 anos), João Santos(Fininho) (Juvenil de 13 anos) e Pedro Nogueira (cadete de 14 anos), e a equipa ficou completa depois comigo (Ferramentas). O programa foi simples, levar sandes água e todo o resto que estes jovens já sabem o que devem levar numa saída em autonomia e às 9h30 já estávamos a pedalar com grande vontade pelas estradas secundárias e alguns caminhos de terra em direcção ao Monte Córdova em Stº Tirso. Não pensem que foi sempre a pedalar sem paragens, pois o jovens não dispensaram o desafio de descerem um lanço de mais ou menos de 100 metros de escadas várias vezes, bem perto de S.Romão de Coronado... :) Retomou-se o caminho novamente agora em direcção à Camposa apanhando a EN 105. Em fila indiana esta estrada num instante se fez e cruzamo-nos com vários ciclistas em sentido contrário, um deles o nosso amigo Ivan Nascimento na sua bicicleta de estrada que vai sempre tão empenhado no seu treino que nem vê ninguém... As indicações de Monte Córdova-NªSª Assunção apareceram, toca a sair da EN 105 e começar a subir, com um Pedro Nogueira já a resmungar desde do início com o bom Sol, com as subidas de paralelo e a escolher os reguinhos de água feitos de cimento liso para circular com a sua BTT, mas a rejeitar qualquer tipo de ajuda, era agora que as mochilas com comida já custavam transportar. Sempre a subir passamos o local das Valinhas já bem perto das 11h30 e na EN319 seguimos em direcção de Santa Luzia, Hortal e Redundo a localidade mais próxima da nascente do Rio Leça e aí nesse local utilizou-se a orientação da "boca", ou seja "quem tem boca vai a Roma" e com indicações precisas de um jovem local encontramos a Nascente do Rio Leça às 12h15. Na nascente fiquei desiludido, pois estava completamente seca... Assim como todo o rio como tivemos oportunidade de constatar durante a descida, todo ele estava a meia água e nas cascatas perto das Valinhas nem sequer corria água, inviabilizando qualquer banho nas suas águas paradas...Mas continuando a nossa aventura, foi hora de procurar água e um local para comer, com um Pedro Nogueira a não querer partilhar os seus ICE TY´s com o pessoal, fizemos de prepósito o início da descida com ele a resmungar para parar e comer, quando encontramos um fontanário demo-lhes um grande banho de água com ele a queixar-se que o telemóvel estava ficar molhado... :)
A Mariana recebeu nesta altura um nik-name, passou a ser a "PBX" tal é a quantidade de chamadas e sms que recebe no seu telemóvel... :D É uma miúda muito solicitada. :)
Foi tempo de continuar a descida, e desta feita desde o início da nascente sempre por orientação de GPS por um trilho realizado pelo meu amigo Ximbra há uns anos atrás, e como devem imaginar aventura não faltou com os enganos e com alguns caminhos já cortados ou tapados com vegetação de tal modo que o coitado do Pedro Nogueira num desses momentos desapareceu literalmente por um rego de água depois de pisar uma vegetação seca... O engraçado é que eu e o Fininho já tinhamos passado pelo local e não nos aconteceu nada... Bem acabou por ficar a partir dali com mais um nik-name de o "Regos". :D




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