quinta-feira, 19 de setembro de 2013

YO NON CREO EN GURUS...


Conheci o José Manuel Caetano no ano de 2000 num debate promovido na Assembleia da República pelos “Verdes” a propósito de uma proposta de criação de uma “Rede Nacional de Ciclovias”.

Estava longe de pensar, por um lado, que iria dois anos mais tarde tornar-me deputado daquela casa e, por outro lado, que trilharia um caminho em conjunto com o José Manuel Caetano na FPCUB em prol da promoção do ambiente e da mobilidade ciclável em Portugal.

Convenhamos: José Manuel Caetano é uma pessoa sui generis e é necessário conhece-lo bem para se entender todas as subtilezas do seu carácter para além do seu apurado e cáustico sentido de humor.

É que, debaixo de uma aparência algo anarquista e até desorganizada, esconde-se alguém bastante eficaz na ação, que tem as ideias bem definidas e que tem feito um trabalho ímpar em Portugal na defesa do ambiente e da mobilidade suave.

É claro que José Manuel Caetano não é o único. Sobretudo nos dias que correm cada vez mais gente segue os seus passos. Mas, acima de tudo foi importante que tenha tido razão antes do tempo e, tal factor, em conjunto com uma teimosia proverbial, foram responsáveis pela alteração do paradigma da bicicleta em Portugal.

O “lobbying” permanente em prol da causa velocipédica e do ambiente foram grandemente responsáveis pela tomada de consciência social em torno da mobilidade ciclável.

Mas certamente que, quer o ambiente, quer a bicicleta em Portugal muito lhe devem a si a e à Federação que criou e que ainda dirige.

Muito esperamos ainda de José Manuel Caetano até porque muito ainda falta fazer em Portugal em nome da causa velocipédica.

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